segunda-feira, 31 de maio de 2010

A magia da leitura


Certamente aprendemos a ler a parti do nosso contexto pessoal. E temos que varolizá-lo para poder ir além dele.
Maria Helena Martins.


Descobri o encantamento da leitura já adulta, pois no meu tempo de criança não tive a oportunidade de conhecer o mundo encantado da leitura. Filha mais velha, nunca vi meus pais com um livro na mão, portanto, eu não tinha intimidade para com a leitura. Hoje, mergulhos nesse universo literário com todas as minhas forças gostam de descobri as aventuras desse mundo de pequenas e grandes palavras.
As atividades de leitura que desenvolvo com meus alunos hoje estão mais ligadas ao prazer de ler, não na obrigação. Penso que é necessário que se tenha prazer antes de tudo, para que a vontade de realizar os atos seja possível. Uma criança quando nasce e começa a perceber o mundo a sua volta, sugar o peito de sua mãe, sentir seu aconchego nos braços, perceber a luz que o iluminam, os sons, barulho agradável, desagradável, tudo isso é leitura. Ela se dar através dos conhecimentos adquiridos e a cada momento o ser humano faz suas leituras diversas. Cada pessoa faz suas leituras através do imaginário, desvendando os segredos da vida.

Precisamos compreendê-lo, conviver com ele, temos que modificá-lo através de bons exemplos, experiências concretas à medida que cada um faz da sua parte, fazendo suas escolhas preferidas dentro de que interessa ler. Só existe o medo de ler geralmente em pessoas que de fato ainda não tem muita segurança no que diz respeita a leitura ou tem trauma de algum passado durante sua escolaridade. Mas precisamos acabar com esse pesadelo que tanto nos incomoda.






O tato


Hoje, pela manhã, pude senti a pressa do tempo. Ele corre, voa, escorre pelos dedos. Apalpei o meu diário, ele estava inacabado, o memorial, coitado ainda mal alimentado.
Segurei na caneta, ela parecia deslizar, e, cada palavra desenhada, eu, não sabia o que falar. As horas passaram depressa, não deu para acompanhar, tentei segurar as rédeas do tempo, mas ele não quis esperar.
Firmei as mãos no teclado, esse parecia fiel, entretanto, eu não compreendia a extensão desse meu céu. Peguei muitas palavras, digitei com emoção, cada uma retratava minha história, minha vida, meu sertão.
A tarde, foi quente, mas o mundo não derreteu, todavia, minhas lágrimas certamente escorreu . Abracei a ignorância, amarga e infiel, ela arrastava insanidades com seu jeito cruel. A prepotência eu a vi, dei lhes a mão com certo medo, seus olhos retratava o tamanho dos seus segredos.
A serpente venenosa destilou o seu veneno, a malvada cobra não preparou seus xingamentos, a ela ofereci apenas o dedo, pois o medo falou mais alto. Foi díficil segurar nas mãos apressada do tempo. Foi impossível convencer com oscilações de sentimentos, porém, o mais difícil de tudo, o que aleijou as minhas mãos foi afagar covardemente a prepotência, a ignorância em ação porque minha vontade era de arrancar a língua da cobra com minhas próprias mãos.