segunda-feira, 31 de maio de 2010

O tato


Hoje, pela manhã, pude senti a pressa do tempo. Ele corre, voa, escorre pelos dedos. Apalpei o meu diário, ele estava inacabado, o memorial, coitado ainda mal alimentado.
Segurei na caneta, ela parecia deslizar, e, cada palavra desenhada, eu, não sabia o que falar. As horas passaram depressa, não deu para acompanhar, tentei segurar as rédeas do tempo, mas ele não quis esperar.
Firmei as mãos no teclado, esse parecia fiel, entretanto, eu não compreendia a extensão desse meu céu. Peguei muitas palavras, digitei com emoção, cada uma retratava minha história, minha vida, meu sertão.
A tarde, foi quente, mas o mundo não derreteu, todavia, minhas lágrimas certamente escorreu . Abracei a ignorância, amarga e infiel, ela arrastava insanidades com seu jeito cruel. A prepotência eu a vi, dei lhes a mão com certo medo, seus olhos retratava o tamanho dos seus segredos.
A serpente venenosa destilou o seu veneno, a malvada cobra não preparou seus xingamentos, a ela ofereci apenas o dedo, pois o medo falou mais alto. Foi díficil segurar nas mãos apressada do tempo. Foi impossível convencer com oscilações de sentimentos, porém, o mais difícil de tudo, o que aleijou as minhas mãos foi afagar covardemente a prepotência, a ignorância em ação porque minha vontade era de arrancar a língua da cobra com minhas próprias mãos.

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